Indiferença imobilizadora

Meu povo sofre por não conhecer minha palavra
Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape conveniente pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida. Na realidade, entretanto, a ignorância nunca é uma solução. Ela apenas adia os tratamentos do problema até que as horríveis conseqüências assumam o comando das coisas e tornem o desastre iminente. Alegar ignorância nunca é uma saída. Se você precisa de uma ilustração prática, tente falar a um policial que ele não deveria multá-lo por dirigir em alta velocidade porque você ignorava o limite de velocidade.
Biblicamente, os avisos são claros e sérios. Abordando a questão daqueles que sofrem e dos que são perseguidos, Provérbios 24 diz:
“Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma?” (vv.11-12).
Quantas vezes as pessoas precisam ver o óbvio antes que dêem uma tépida resposta que seja? Ignorância calculada e autoimposta parece estar na moda, tanto dentro quanto fora da comunidade cristã.
A apatia inerente à impotência moral e mental autoinduzida tem um lado ainda mais sério: Conhecer os fatos – consentir com a legitimidade da questão – e depois escolher ignorá-los é ainda mais pernicioso. Mesmo assim, testemunhamos essa atitude repetidas vezes em alguns círculos cristãos evangélicos, especialmente na mistificadora recusa de ensinar o conselho completo de Deus como nos foi dado em Sua Palavra. É surpreendente que alguns dos nossos líderes digam, com efeito: “Embora creiamos nos aspectos proféticos da revelação das Escrituras, evitamos ensinar sobre os eventos do fim e buscamos uma abordagem mais adequada e relacionada com a vida”.
Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida.
Dado o fato de que o mundo está caindo aos pedaços ao nosso redor e que a única fonte confiável da verdade relativamente ao que está acontecendo, onde estamos indo, e à nossa esperança para o futuro está na Palavra de Deus, a indiferença à verdade da profecia é uma ofensa espiritualmente condenável. Não temos o direito de extirpar importantes partes da revelação divina porque preferimos algo mais otimista e mais palatável. Este é um dos erros mais egrégios da Teologia da Substituição: Ela suprime porções indispensáveis das Escrituras ao declarar que Israel está nacionalmente morto, em favor de uma fórmula sobreposta que declara que a Igreja é o Israel espiritual.
Os americanos estão agora se perguntando sobriamente se existe um futuro para [seu] país ou se ele se transformará em algo repressivo e irreconhecível. Sem o mapa da Bíblia para o futuro, existe um vazio. Com a Bíblia, esse vazio é preenchido pelas promessas de Deus que vão se desenrolando visivelmente. Ser indiferente em comunicar tais verdades imutáveis não é uma opção.